Por: Everton Riazor
No último dia 27 de outubro de 2024, encerraram-se as eleições municipais. Diversos perfis de candidatos concorreram ao executivo municipal, destacando-se os políticos, empresários e líderes religiosos que participaram deste último pleito.
Mas será mesmo que um gestor privado bem-sucedido, que alcança a vitória nas urnas, é garantia de sucesso?
Primeiro, vamos entender um pouco sobre o termo “gestão”. Tudo começou com o termo latino “gestione,” compreendido como o ato de administrar ou de gerir recursos, humanos ou materiais, com uma finalidade específica.
Na visão voltada para os negócios privados (gestão privada), gerir os recursos de forma eficiente significa utilizar eficazmente os recursos disponíveis para alcançar metas predefinidas.
Na gestão pública, por outro lado, o “lucro ou meta a ser alcançada” é entregar políticas públicas que mudem a vida dos cidadãos. Criar estratégias de interesse público, com foco nas pessoas, exige uma atuação estratégica e descentralizada, priorizando a eficiência e ampliando a participação da sociedade. Importante frisar que a política pública é construída por meio do diálogo com a sociedade — de todas as classes sociais, conselhos, sindicatos e empresas — incluindo pessoas que, muitas vezes, pensam de forma diferente do gestor da secretaria ou até do chefe do executivo. Na gestão pública, há um alto grau de interdependência entre as organizações: enquanto uma autoriza, outra executa, e outra fiscaliza; as ordens e instruções são formalizadas em leis e regulamentos.
Em resumo, para ser gestor público, é preciso construir no coletivo, de forma cuidadosa, respeitosa e com muito diálogo.
E aí, caro eleitor, reflita sobre esse contexto e avalie: será que o seu gestor tem a capacidade de transformar a sua cidade?
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