Raul Fabson de Oliveira, piloto da moto envolvida no acidente que vitimou o servidor público Amadeu Corteletti, de 67 anos, foi liberado após pagar fiança. O acidente ocorreu na noite de terça-feira (4), em Água Doce do Norte. Segundo a Polícia Civil, Raul foi autuado em flagrante por “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”.
A colisão entre a bicicleta e a motocicleta aconteceu na saída para Vila Nelita, zona rural do município. Amadeu Corteletti, que trabalhava como motorista na Prefeitura de Água Doce do Norte, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O motociclista foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao pronto atendimento (PA) no centro da cidade. Posteriormente, foi transferido pela Polícia Militar para o Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho, em Barra de São Francisco, onde permaneceu internado sob escolta policial.
De acordo com a PM, Raul não conseguiu realizar o teste do bafômetro, alegando dores no maxilar e no peito. A escolta foi mantida para garantir sua apresentação à delegacia, conforme protocolo para acidentes com vítima fatal. No boletim de ocorrência, consta que ele foi transferido algemado para outro hospital dentro do camburão de uma viatura. Os policiais justificaram a medida afirmando que a intenção era proteger tanto o motociclista quanto a equipe de segurança.
A Polícia Civil também apura uma agressão sofrida por Raul no local do acidente, supostamente cometida por um terceiro sargento da reserva da Polícia Militar, irmão da vítima fatal. Segundo relato dos PMs, no momento da transferência do motociclista para a viatura, ele foi agredido com um tapa no rosto pelo militar da reserva, sendo contido por populares.
A corporação informou que a Delegacia de Água Doce do Norte investigará as circunstâncias do acidente e a conduta do militar da reserva. A Polícia Militar também será comunicada para apurar o suposto envolvimento de um policial em serviço na ocorrência.
A esposa do motociclista declarou que ele segue em recuperação e que a família “tem muito a dizer”, mas se pronunciará em momento oportuno. Uma outra familiar, que preferiu não se identificar, questionou a transferência de Raul em uma viatura da PM, mesmo após ter sido inicialmente socorrido por uma ambulância do Samu. Ela também afirmou que ele foi agredido tanto por um policial militar da ativa quanto pelo sargento da reserva, que é parente do ciclista falecido. A família se solidarizou com os familiares de Amadeu Corteletti e afirmou que buscará justiça contra os militares envolvidos na agressão.
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