Um laudo solicitado pela Justiça, produzido por técnicos de uma empresa de consultoria ambiental, aponta que peixes do Rio Doce continuam contaminados mesmo quase sete anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
Desde a coleta do material até os resultados, foram 12 meses de pesquisa e análise. Seis municípios capixabas por onde passa o Rio Doce, tiveram amostras coletadas.
No total, 42 municípios afetados fizeram parte da perícia. No Espírito Santo, foram analisados dados e amostras dos municípios de Aracruz, Baixo Guandu, Colatina, Linhares, Marilândia e São Mateus.
A perícia encontrou substâncias químicas nos peixes, que podem ser prejudiciais à saúde. O laudo foi feito para o processo que corre na 12ª Vara Federal Cível e Agrária da seção judiciária de Minas Gerais, que cuida da reparação e compensação dos danos advindos do rompimento da barragem.
A perícia ainda apontou o nexo de causalidade, ou seja, que os metais encontrados nos animais têm relação com os rejeitos que foram despejados no Rio Doce com o desastre ambiental.

“Isso demanda uma atenção redobrada na perspectiva do atendimento das comunidades atingidas do Rio Doce, sobretudo, a necessidade urgente de expandirmos a rede de proteção social, a rede de saúde e a rede de auxílio direto a essas comunidades”, comenta o defensor público Rafael Portella, que acompanha o caso.

Nilton dos Santos é pescador há mais de 50 anos. Ele sabe bem como era a situação do Rio Doce antes e depois do rompimento da barragem.
“De primeira você tinha fartura. Hoje, você tem fome”, resume, com tristeza.
Ele vai além e afirma que não se arrisca em comer ou vender qualquer peixe pescado na região.
“Agora não tem mais pescaria. Você consegue pegar algum peixe mas não consegue pescar para vender. Mataram o Rio Doce”, reclama
O relatório revela o que os pescadores afirmam já saber.
“A maior parte dos peixes acabaram tudo. A lama quando veio destruiu tudo. Os poucos que sobreviveram não podem ser consumidos”, aponta o pescador Jorge Grameliche, de Linhares.

A Fundação Renova trabalha para que as primeiras famílias possam se mudar para o reassentamento de Bento Rodrigues em dezembro deste ano e, para Paracatu de Baixo, em 2023. Essas famílias moram em casas alugadas pela Fundação Renova.
No reassentamento de Bento Rodrigues, até julho, 53 casas foram concluídas e 100 estão em construção. As famílias participam de atividades culturais, socioambientais e religiosas no local onde irão morar e iniciam uma nova fase de diálogo para definição de como será a vida no reassentamento. As obras de infraestrutura estão concluídas, considerando vias, drenagem, energia elétrica, redes de água e esgoto, além de bens públicos como Postos de Saúde e de Serviços, Escola Municipal e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Em Paracatu de Baixo, 56 casas tiveram as obras iniciadas. Estão em construção escola fundamental, escola infantil, posto de saúde, Estação de Tratamento de Água (ETA), Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e salão comunitário.
Revitalização Ambiental
A qualidade da água da bacia do rio Doce apresenta condições semelhantes às de antes do rompimento da barragem de Fundão, conforme mais de 1,5 milhão de dados gerados anualmente pelo Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS), desde 2017. As informações são compartilhadas com os órgãos ambientais.
A água do rio Doce pode ser utilizada para os fins previstos na legislação de enquadramento – classe 2 de águas doces, conforme a resolução Conama 357, o que significa que pode ser consumida pela população após tratamento convencional e usada para dessedentação animal e irrigação, dentre outros usos previstos na legislação.
A Fundação Renova concluiu, no primeiro trimestre de 2021, a implantação da restauração de cerca de 550 hectares de florestas em áreas atingidas em Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova. Uma área equivalente a 28 mil campos de futebol será reflorestada em terrenos não impactados, por meio de editais de reflorestamento no valor de mais de R$ 800 milhões em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Saneamento
Também foram disponibilizados mais de R$ 700 milhões para projetos de saneamento nos municípios impactados. A Fundação Renova concluiu um repasse de R$ 830 milhões aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e prefeituras da bacia do rio Doce, para investimentos em infraestrutura, saúde e educação”.
Um laudo solicitado pela Justiça, produzido por técnicos de uma empresa de consultoria ambiental, aponta que peixes do Rio Doce continuam contaminados mesmo quase sete anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
Desde a coleta do material até os resultados, foram 12 meses de pesquisa e análise. Seis municípios capixabas por onde passa o Rio Doce, tiveram amostras coletadas.
No total, 42 municípios afetados fizeram parte da perícia. No Espírito Santo, foram analisados dados e amostras dos municípios de Aracruz, Baixo Guandu, Colatina, Linhares, Marilândia e São Mateus.
A perícia encontrou substâncias químicas nos peixes, que podem ser prejudiciais à saúde. O laudo foi feito para o processo que corre na 12ª Vara Federal Cível e Agrária da seção judiciária de Minas Gerais, que cuida da reparação e compensação dos danos advindos do rompimento da barragem.
A perícia ainda apontou o nexo de causalidade, ou seja, que os metais encontrados nos animais têm relação com os rejeitos que foram despejados no Rio Doce com o desastre ambiental.

“Isso demanda uma atenção redobrada na perspectiva do atendimento das comunidades atingidas do Rio Doce, sobretudo, a necessidade urgente de expandirmos a rede de proteção social, a rede de saúde e a rede de auxílio direto a essas comunidades”, comenta o defensor público Rafael Portella, que acompanha o caso.

Nilton dos Santos é pescador há mais de 50 anos. Ele sabe bem como era a situação do Rio Doce antes e depois do rompimento da barragem.
“De primeira você tinha fartura. Hoje, você tem fome”, resume, com tristeza.
Ele vai além e afirma que não se arrisca em comer ou vender qualquer peixe pescado na região.
“Agora não tem mais pescaria. Você consegue pegar algum peixe mas não consegue pescar para vender. Mataram o Rio Doce”, reclama
O relatório revela o que os pescadores afirmam já saber.
“A maior parte dos peixes acabaram tudo. A lama quando veio destruiu tudo. Os poucos que sobreviveram não podem ser consumidos”, aponta o pescador Jorge Grameliche, de Linhares.

A Fundação Renova trabalha para que as primeiras famílias possam se mudar para o reassentamento de Bento Rodrigues em dezembro deste ano e, para Paracatu de Baixo, em 2023. Essas famílias moram em casas alugadas pela Fundação Renova.
No reassentamento de Bento Rodrigues, até julho, 53 casas foram concluídas e 100 estão em construção. As famílias participam de atividades culturais, socioambientais e religiosas no local onde irão morar e iniciam uma nova fase de diálogo para definição de como será a vida no reassentamento. As obras de infraestrutura estão concluídas, considerando vias, drenagem, energia elétrica, redes de água e esgoto, além de bens públicos como Postos de Saúde e de Serviços, Escola Municipal e Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Em Paracatu de Baixo, 56 casas tiveram as obras iniciadas. Estão em construção escola fundamental, escola infantil, posto de saúde, Estação de Tratamento de Água (ETA), Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e salão comunitário.
Revitalização Ambiental
A qualidade da água da bacia do rio Doce apresenta condições semelhantes às de antes do rompimento da barragem de Fundão, conforme mais de 1,5 milhão de dados gerados anualmente pelo Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático de Água e Sedimento (PMQQS), desde 2017. As informações são compartilhadas com os órgãos ambientais.
A água do rio Doce pode ser utilizada para os fins previstos na legislação de enquadramento – classe 2 de águas doces, conforme a resolução Conama 357, o que significa que pode ser consumida pela população após tratamento convencional e usada para dessedentação animal e irrigação, dentre outros usos previstos na legislação.
A Fundação Renova concluiu, no primeiro trimestre de 2021, a implantação da restauração de cerca de 550 hectares de florestas em áreas atingidas em Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e Ponte Nova. Uma área equivalente a 28 mil campos de futebol será reflorestada em terrenos não impactados, por meio de editais de reflorestamento no valor de mais de R$ 800 milhões em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Saneamento
Também foram disponibilizados mais de R$ 700 milhões para projetos de saneamento nos municípios impactados. A Fundação Renova concluiu um repasse de R$ 830 milhões aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e prefeituras da bacia do rio Doce, para investimentos em infraestrutura, saúde e educação”.
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