Felipe Silva de Almeida, de 28 anos, suspeito de matar a ex-esposa Aline Ribeiro da Rosa de 35, no bairro Fátima, em Aracruz, na tarde do último domingo (21), se entregou à polícia na noite desta terça-feira (23).
Por vídeo, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas, confirmou que o suspeito se entregou em Linhares. Contra ele já havia um mandado de prisão expedido desde a segunda-feira.
No mesmo vídeo, o secretário se solidarizou com a família da vítima, que deixou três filhos.
Relembre o caso
Aline Ribeiro da Rosa foi morta a tiros no meio da rua pelo ex-marido na calçada de um bar no bairro Fátima, em Aracruz, na tarde de domingo (21). Câmeras de segurança do estabelecimento registraram o crime.
Um áudio gravado por Felipe revelou a frieza do crime. Aline já sofria ameaças do homem já algum tempo.
“Ela ficava me provocando muito, entendeu? Ai, eu fui atrás dela buscar meu filho e ela estava no bar bebendo. Eu fui perguntar onde estava meu filho e ela disse ‘sai fora, os caras da boca falou, se você atentar contra mim, eles vão dar um tiro na sua cara’. Ela falou um monte de coisa comigo e eu já coloquei a arma na cara dela e já era, piquei bala, descarreguei o pente. Tô arrependido, estava chorando e triste, mas ela mereceu, ela procurou”, disse o homem no áudio.
As testemunhas que estavam com Aline no dia do crime informaram que Felipe apareceu no local, fez as ameaças e saiu. Depois, voltou para cometer o crime.
Neste período, Aline pegou emprestado o celular de uma pessoa que estava no local e ligou para o Ciodes, para avisar das ameaças que estava sofrendo.
A ligação feita no último domingo (21), minutos antes do crime, não foi a primeira vez que Aline revelou o mau presságio sobre seu futuro. Com medo, ela já tinha denunciado o ex-marido outras vezes e, inclusive, solicitado uma medida protetiva.
Em nota, a Polícia Civil disse que o pedido de medida protetiva feito por Aline em 10 de junho, no qual ela denunciou o ex-companheiro por ameaças de morte, foi concedida à no dia seguinte, mas que, dois dias depois, em 13 junho, ela foi direto ao Fórum de Aracruz e solicitou o cancelamento.
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