A Justiça Estadual condenou, na tarde de segunda-feira (18), Paulo Sérgio de Oliveira, por matar a própria esposa, a professora Regiane da Silva Pereira, em São Mateus, em maio de 2019. Ele foi sentenciado com 27 anos de prisão pelo crime de feminicídio, mais um ano e dez dias por ocultação de cadáver, resultando em 28 anos e dez dias de prisão.
O corpo de Regiane foi encontrado às margens da BR 101, na entrada da comunidade Santa Luzia, com sinais de estrangulamento, no dia 6 de maio de 2019. Na época do crime, Paulo Sérgio chegou a ir ao velório e ao enterro, e sempre negava ter matado a professora.
Em entrevista ao repórter Isaac Ribeiro, da TV Gazeta, a mãe de Regiane, Laurinda da Silva Pereira, se mostrou aliviada com o resultado, mas disse que esperava uma condenação maior do acusado.
“Queria mais, porque a dor de uma mãe quando perde uma filha não é fácil… É uma dor muito grande, ainda mais que a filha dela está comigo… Ela chora dia e noite por causa da mãe”, contou.
A defesa de Paulo Sérgio, representada pelo advogado Leandro Victor Paulo Miguel, informou que pretende entrar com recurso para demonstrar a inocência do acusado, por entender ausência de provas que comprovem que o acusado cometeu o crime.
Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta, com sinais de estrangulamento, às margens da BR 101, na entrada da comunidade Santa Luzia, em São Mateus, na tarde de 6 de maio de 2019. Na noite anterior, ela tinha ido à igreja e depois desapareceu.
Na época do crime, o marido da vítima, Paulo Sérgio de Oliveira, chegou a afirmar para a Polícia
Militar que levou a esposa para uma igreja localizada no bairro Ideal, por volta das 18h, e que ela teria falado que não seria necessário buscá-la, pois iria a uma pizzaria com uma amiga após o culto. Por volta da meia-noite, ele disse que ainda teria ligado para a mulher, mas que ela havia esquecido o celular em casa.
Paulo Sérgio chegou a ir ao velório e ao enterro de Regiane, e sempre negava que tinha matado a professora. No entanto, a polícia encontrou contradições nos depoimentos, já que ele chegou a dizer que levou Regiane à igreja, mas ela não assinou o livro de presença, como fazia em todos os encontros. Disse, ainda, que os dois deixaram a filha, de 4 anos, sozinha em casa, mas a professora não costumava fazer isso.
Paulo Sérgio também só registrou o desaparecimento da vítima quase no mesmo horário em que o corpo foi encontrado.
À época do crime, testemunhas relataram à polícia que o casal estava junto há 8 anos, mas que estava em processo de separação há cerca de um ano. Paulo Sérgio não aceitava o fim do relacionamento.
No dia 4 de julho, o inquérito policial que investigava o homicídio de Regiane da Silva Pereira chegou a conclusão de que a pprofessora foi vítima de feminicídio. Ela foi morta dentro de casa e o autor do crime teria sido o então marido dela, Paulo Sérgio.
O então acusado foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, já que a morte da esposa teria sido causada por motivo torpe, praticada por meio de meios que dificultaram a defesa da vítima e, por fim, condicionada ao fato dela ser mulher.
Com informações do repórter Isaac Ribeiro, da TV Gazeta
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